terça-feira, 10 de julho de 2018

Crítica: A Forma da Água | Um Filme de Guillermo del Toro (2017)


Elisa Esposito (Sally Hawkins) foi encontrada abandonada quando criança ao lado de um rio com feridas no pescoço que a deixaram muda. Ela mora sozinha em um apartamento e trabalha como faxineira em um laboratório secreto do governo em Baltimore, no auge da guerra fria. Quando as instalações de pesquisa na qual trabalha recebe uma misteriosa criatura (interpretada por Doug Jones) capturada no Amazonas que está sob os cuidados do coronel Richard Stickland (Michael Shannon), que encarregado de estudar a fera, não se resigna de trata-la brutalmente. Para a surpresa de todos, Elisa desenvolve uma ligação de afeto com a criatura e elabora nas sombras um plano para libertar a criatura que corre um grande risco de vida. “A Forma da Água” (The Shape of Water, 2017) é uma produção estadunidense de drama, fantasia e romance escrita por Guillermo del Toro e Vanessa Taylor. Dirigida por Guillermo del Toro, o filme recebeu 13 indicações na 90° Cerimônia do Oscar, a qual ganhou três prêmios nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Trilha Sonora e Melhor Design de Produção; entre vários outros prêmios em variados festivais. Estrelado por Sally Hawkins, Michael Shannon, Doug Jones, Richard Jenkins, Octavia Spencer, o filme é uma visita honrada aos antigos filmes de monstros que habitavam com mais frequência uma Hollywood do passado.

A Forma da Água” é uma delicada fábula resultante de muito estudo e competência. O filme segue a risca uma fórmula precisa que geralmente leva filmes a competir em competições de cinema, e ganha à necessária força para se destacar nas premiações pela presença de seu realizador, o cineasta mexicano Guillermo del Toro. O cineasta imprimiu todo o seu conhecido talento no desenvolvimento desse longa-metragem e conta uma história visualmente esplendorosa, dada pela brilhante direção de fotografia onde o azul e o verde reinam na película. Além das soluções criativas dadas por diferentes departamentos (leia-se a criação de fera interpretada por Doug Jones que em nada sugere ter uma pessoa por baixo da fantasia), o filme é enriquecido pela trilha sonora de Alexander Desplat, figura bastante conhecida em cerimônias de premiação. Mas o grande trunfo de “A Forma da Água” ainda está no elenco, onde todos atendem e se destacam com seus desempenhos, cada um da sua maneira, elevando o nível de excelência desse conto de fantasia dado pela visão criativa de seu realizador que soube misturar gêneros de forma precisa. Armado de algumas referências cinematográficas (leia-se a dança de “A Bela e a Fera) e algumas metáforas impressas na tela, Guillermo del Toro entrega seu melhor filme. Por isso, “A Forma da Água” é um daqueles filmes imperdíveis que fazem o espectador torcer, se espantar, sorrir e se emocionar sem esforço.

Nota:  8/10

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