sábado, 11 de outubro de 2014

Crítica: Mulher-Gato | Um Filme de Pitof (2004)


Patience Phillips (Halle Berry) é uma tímida designer que trabalha numa empresa de cosméticos. Quando ela acidentalmente descobre um segredo da empresa que trabalha, Patience se vê envolvida numa conspiração corporativa que não imaginava até então o perigo de vida que corria. Os eventos seguintes fazem com que ela se transforme em uma perigosa justiceira, onde ganha força, agilidade, velocidade e uma sensibilidade natural de um gato. Com esses poderes e recém-adquiridos, Patience tornar-se a Mulher-Gato. “Mulher-Gato” (Catwoman, 2004) é uma produção estadunidense de ação baseada no personagem da DC Comics diretamente ligado ao universo dos quadrinhos conectado ao personagem Batman. Escrita por John Rogers, John Brancato e Michael Ferris, o filme é dirigido por Pitof (cujo nome verdadeiro é Jean Christophe Comar), um especialista em efeitos visuais que trabalhou em vários filmes como “Alien: A Ressureição”, “Joana D’arc de Luc Besson” e “Asterix e Obelix Contra César”; mas nunca encontrou o seu espaço no cinema convencional após realizar filmes que oscilavam entre o ruim e mediano. Em “Mulher-Gato” não é diferente. O filme é muito ruim, o qual fracassou nas bilheterias e foi fuzilado pela crítica especializada que inclusive deu ao filme inúmeras indicações ao prêmio de “Framboesa de Ouro” (uma espécie de Oscar de pior filme) na cerimônia de 2005.

Mulher-Gato” é um conjunto de escolhas infelizes para um personagem de reputação conhecida nos quadrinhos, no cinema e televisão. Essa produção pegou o nome conhecido e desfigurou suas características. Apenas inspirado no personagem da Mulher-Gato, o roteiro é uma onda de escolhas malfeitas, personagens secundários sem presença e uma infinidade de truculências (as roupas da Mulher-Gato chegam a ser bizarras). As cenas de ação não empolgam e muito menos impressionam o espectador. Halle Berry que ganhou milhões para interpretar a personagem que contracenava com a estrela do cinema, Sharon Stone, são os nomes principais de quase todo um elenco que entrega desempenhos constrangedores. Embora Halle Berry tenha sido muito criticada por seu desempenho, era impossível fazer algo de respeito com um material tão desfigurado quanto habita em “Mulher-Gato”. Pudera, já que o roteiro não ajuda em nada com suas liberdades poéticas dotadas de preguiça, uma direção inexperiente por parte de Pitof e uma produção sem força para criar a ambientação e atmosfera de um bom exemplar do submundo do crime de Gotham. Por isso, “Mulher-Gato” é uma de algumas transposições da DC que tanto fãs e seus realizadores gostariam de se esquecer que foram realizadas.

Nota:  3/10


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