sábado, 21 de setembro de 2013

Crítica: Pausa para um Assassinato | Um Filme de Jérôme Le Gris (2011)


Lucrèce (Mélaine Laurent) é uma linda assassina profissional que pretende se aposentar. Mas antes da derradeira aposentadoria ela é incumbida por seu agente-contratante (Tcheky Karyo) de fazer um último trabalho. Sendo uma hábil cantora de ópera, ela se disfarça como cantora e é enviada a um castelo suíço localizado nos Alpes, para assassinar um grande tenor, Alexander Child (Christopher Stills) em um festival de música clássica que irá apresentar uma monumental ópera. Alexander recentemente comprou uma destilaria na Escócia, localizada em uma área que está sendo um grande obstáculo para a construção de um oleoduto ligado a uma organização milionária que não mede esforços para alcançar seus objetivos. Para impedir o atentado, autoridades de contra-espionagem consciente dos planos acerca de Alexander Child enviam um agente, Rico (Clovis Cornillac) também um habilidoso músico que irá compor a orquestra, para investigar e impedir sem ter grandes informações quem será o assassino. Assim entre dezenas de suspeitos, Rico tem que ao longo dos ensaios de o Messias de Haendel impedir que ocorra um assassinato. "Pausa para um Assassinato" (Requiem Pour Une Tuese, 2011) é um thriller de suspense pouco eficiente escrito e dirigido por Jérôme Le Gris. Excessivamente lento e pouco envolvente, essa produção se revela ao contrário várias outras produções francesas, um mal aproveitamento dos bons recursos que dispõe.


Com uma ambientação mais decorativa do que tensa, sua trama e condução não geram o pretenso efeito desejado em sua arquitetura (momentos tensos são raros e ainda assim pouco enfáticos), desperdiçando o talento de um elenco competente encabeçado pela belíssima e talentosa atriz Mélaine Laurent. Qualquer tentativa de criar um suspense Hitckcockiano moderno estagnou na teoria (a existência da protagonista loira que era o objeto de culto do cineasta em seus filmes e uma trilha sonora semelhante a de Bernard Herrmann são indícios óbvios do rumo ao qual seu projeto era direcionado). Problemas a parte, o desenvolvimento equivocado de sua trama é responsável por boa parte da perda de força do conjunto da obra. As sugestões passaram batidas e a escassez de bons momentos e diálogos interessantes somente vieram a reforçar a pouca fluência desse suspense. Além do mais, ao contrário do que prega o elegante cartaz (exposto logo acima desse post) dessa produção , a atriz Mélaine Laurent não dá um tiro sequer durante toda duração desse filme. Especializada em matar seus alvos com soluções venenosa mortais, ela está longe de ser uma assassina do tipo que estampa o cartaz, e que sugere alguma ação que obviamente não se aplicou. Por fim, "Pausa para um Assassinato" se mostrou mais bonito do que eficiente. De uma pretensão que não atende as expectativas do público (e vendo a tentativa de homenagear o mestre do suspense) provavelmente não tenha agradado nem seu realizador.

Nota:  5/10

2 comentários:

  1. "Mas antes da derradeira aposentadoria ela é incumbida de fazer um último trabalho"

    O mote em si é um clichê dos mais batidos. Mas alguns filmes valem pela experiência estética. Acho que esse é um desses.

    Vou procurar esse filme!!!!

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    1. Hoje eu vi um melhor chamado "Quebra de Conduta". Esse eu recomendo que assista, já que esse me surpreendeu de forma positiva!

      abraço Kleiton

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