quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Crítica: Predador 2: A Caçada Continua | Um Filme de Stephen Hopkins (1990)


Em Los Angeles, uma ardente guerra entre gangues rivais tem se travado, deixando as ruas num estado de caos. E se isso não bastasse, esse ambiente se torna o cenário apropriado para um predador alienígena adicionar mais terror às ruas. Atraído por calor e por sanguinolentos conflitos, a cidade de Los Angeles têm proporcionado um atraente ambiente para esse alienígena que aprecia caçar pessoas. Quando polícia começa a encontrar corpos despedaçados de traficantes jamaicanos, o rastro de morte deixado se mostra indecifrável para as autoridades que buscam os responsáveis. Mas quando Mike Harrigan (Danny Glover) passa a investigar as mortes junto com sua equipe de detetives, mesmo com os obstáculos criados por um misterioso agente do governo (Gary Busey), que demostra saber mais do que diz sobre o que está acontecendo nas ruas, Mike começa a contar os corpos de seus próprios colegas. Para a surpresa de Mike, o responsável não é apenas um criminoso, mas uma inacreditável ameaça que pode render um confronto épico entre dois grandes guerreiros de mundos diferentes. “Predador 2: A Caçada Continua” (Predator 2, 1990) é uma produção estadunidense de ação e ficção científica dirigida por Stephen Hopkins. Sequência do sucesso de crítica e bilheteria protagonizado por Arnold Schwarzenegger em meados dos anos 80, o personagem Predador tornou-se uma personalidade da cultura Pop e multimídia vinculada a vários meios de entretenimento ao longo dos anos (quadrinhos, jogos, curtas-metragens, livros). Mas foi no cinema que ele encontrou seu oásis.

Robocop, Alien, Exterminador do Futuro são personagens que dividiram com ele a atenção do público desde seu surgimento na década de 80 (os Aliens de Ridley Scott inclusive dividiram a mesma tela numa da produção cinematográfica chamada “Aliens vs Predador”, de 2007). Ainda assim, mesmo que “Predador 2: A Caçada Continua” não tenha a profusão e a reputação que o  primeiro filme obteve diante do público e da crítica especializada, a sequência também tem o seu valor. Da ambientação selvagem e inóspita do primeiro filme para a urbana e caótica de sua continuação, a atmosfera de suspense e violência continua mantida. Embora a direção de John McTierman seja de certo modo insubstituível, o diretor Stephen Hopkins (responsável por filmes como “Perdidos no Espaço” (1998) e “A Sombra e a Escuridão” (1996), entre outros) cumpre o seu papel ao propósito de dar continuidade ao sucesso instituído em 1987 pelo personagem alienígena. O enredo flui dentro da atmosfera necessária, a ação é presente e os mistérios em volta do personagem são mantidos até o momento das necessárias revelações. Em termos de atuação, Danny Glover que fez história ao lado de Mel Gibson na franquia de também sucesso, “Máquina Mortífera”, sua figura atende aos propósitos da produção e as necessidades do enredo. O filme também tem atores como Bill Paxton, Adam Baldiwn e Gary Busey no elenco. Com trilha sonora de Alan Silvestri, a sonoridade do filme tem herdado as mesmas características marcantes impressas no filme anterior.

Predador 2: A Caçada Continua” é um filme bacana pelo personagem também bacana que o Predador representa ser. Uma espécie de vilão que tem um código de ética instintivo que o torna envolvente. São em poucos detalhes que o espectador acaba entendendo sua forma de conduzir a sua existência (ele não matou mulheres grávidas da mesma forma que caçadores não matam as fêmeas de uma espécie por ser um crime moral), e que em pequenos detalhes cedidos pelo enredo que são dados em pequenas proporções a cada filme estrelado por ele, é que o espectador se fascina com sua enigmática história que é mesclada a história da humanidade. Trata-se de um filme inferior ao primeiro, mas superior a outros que vieram na posterioridade.

Conferido em um DVD de R$ 9,90, adquirido nostalgicamente nas Lojas Americanas.

Nota:  7/10
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