sábado, 29 de dezembro de 2018

Cinefilia: Parte 4


Algumas rápidas impressões pessoais que não disponibilizavam de tempo ou necessidade de serem otimizadas:

1 – Aniquilação (Annihilation, 2018) de Alex Garland: Agradou a muita gente, a mim não. O diretor/roteirista Alex Garland se superou na entrega de “Ex-Machina – Instinto Artificial, 2015”, no entanto aqui ele só entrega um filme interessante que até rendeu mais do que o possível, mesmo com a presença da fabulosa Natalie Portman e da participação Oscar Isaac (um dos grandes talentos que tem se destacado nos cinemas nos últimos anos).

2 – Love (Love, 2015) de Gaspar Noé: Todos os aspectos polêmicos que marcaram essa obra (e normalmente acompanham seu realizador) se esvaem pelo ralo devido uma história limitada, sem exploração adequada e que não diz para o que veio. Isso por que: o roteiro não se mostra de modo algum envolvente, capaz de prender a atenção do espectador e muito menos há um estudo de personagens perceptível. É um daqueles filmes que incitam a apertar a tecla de avançar no controle remoto.

3 – Spotlight – Segredos Revelados (Spotlight, 2015) de Tom McCarthy: Contundente, polemico e brilhantemente realizado, esse filme é a soma de um elenco fantástico (destaque para Mark Ruffalo), uma história bem escrita que descarta as inconvenientes censuras e que foi realizado de forma enxuta. Por isso, ele é merecedor de cada indicação e prêmio que ganhou em 2016. Indispensável. Embora durante muito tempo eu fiquei adiando assistir a esse filme, dando prioridade a outros filmes tomaram sua frente, mas sugiro que quem não tenha conferido o resultado não cometa o mesmo erro que eu. Assista logo.

4 – Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom, 2018) de Juan Antonio Bayona: Uma só palavra: Legal!

5 – Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (Valérian et la Cité des mille planètes, 2017) de Luc Besson: Parece uma versão de “O Quinto Elemento” melhorado, mas não é. Tudo é lindo e bem feito, grandioso e polido, mas não tem o charme e nem o humor que transparecia deter.

6 – Snowden: Herói ou Traidor (Snowden, 2016) de Oliver Stone: Depois do fraquíssimo “Selvagens”, de 2012; e sem contar com o documentário “Meu Amigo Hugo”, de 2014, que é um formato diferente do gênero da ficção ao qual Stone fez história no cinema; seu olhar e sua influência sobre o filme biográfico de Edward Snowden é redundante. É Oliver Stone em sua melhor forma.
 
7 – Círculo de Fogo: A Revolta (Pacific Rim: Uprising, 2018) de Steven S. DeKnight: Legal como deve ser, mas se acha demais para um produto que não impressiona tanto assim quanto seu antecessor.

8 – Han Solo: Uma História Star Wars (Solo: A Star Wars History, 2018) de Ron Howard: É o filme mais fraco da franquia, mas mesmo assim, eu ainda gostei. Fracasso de bilheteria e crítica, provavelmente os fãs verão em consequência disso mudanças radicais nos próximos episódios. Particularmente ainda acho esse episódio um bom gasto de tempo, mesmo com suas deficiências.

9 – Mãe (Mother, 2015) de Darren Aronofsky: É Darren Aronofsky sendo ele mesmo: um cineasta que não é para todos os gostos.

10 – Entrando Numa Roubada (Idem, 2015) de André Moraes: O título já dispensa comentários.

Até 2019!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Crítica: Venom | Um Filme de Ruben Fleischer (2018)


Quando o problemático jornalista Eddie Brock (Tom Hardy) busca desesperadamente reconstruir sua vida profissional revelando o que acontece nos bastidores de uma poderosa corporação comandada pelo empresário Carlton Drake (Rice Ahmed) chamada Fundação Vida, um inesperado contato com uma forma de vida alienígena o faz desenvolver poderes sobre-humanos. Caçado pela Fundação Vida após uma desastrosa invasão em seus laboratórios, Eddie se funde a forma alienígena gerando um alter-ego chamado Venom, que é um anti-herói de grandes e perigosas habilidades que serão cruciais na sobrevivência de Eddie e no destino do mundo diante de uma perigosa ameaça alienígena que se arquiteta nas sombras das grandes descobertas cientificas. “Venom” (Venom, 2018) é uma produção estadunidense de ação e fantasia baseada no anti-herói da Marvel Comics. Escrito por Scott Rosenberg, Jeff Pinnker e Kelly Marcel, o filme é dirigido por Ruben Fleischer (diretor de filmes como “Zumbilândia” e “Caça aos Gangsters”). Com corpo e alma de um produto explicitamente voltado para o entretenimento, “Venom” conquista seu espaço paralelamente ao Universo Cinematográfico Marvel (MCU) e gera uma das dez maiores bilheterias de 2018, um filme bacana e uma certeira sequência para o futuro.

Mas ainda assim, “Venom” não é tudo aquilo. Pelo contrário, já que o filme é carregado de limitações impostas pelo estúdio e intensificadas pelo pouco esmero do produto. Como o próprio portal AdoroCinema foi capaz de resumir: “Ao Assistir “Venom”, tenha algo claro em mente: este é um produto comercial escancarado, mais interessado em explorar a popularidade do personagem-título do que em desenvolver uma história.” Portanto, o roteiro do filme peca muito, seja nos diálogos didaticamente simplistas e típico de blockbusters ou no desenvolvimento da trama que é atropelada pela necessária imposição do gênero por um ritmo acelerado que não concede profundidade aos personagens. Sendo assim, o brilho de “Venom” está no carisma de Tom Hardy, nos efeitos visuais que materializam a figura do personagem principal e no tom descompromissado com que o filme se desenvolve na tela, onde uma parcela significativa de piadas funcionam de modo redondo. Porém Hardy teria muito mais a oferecer como ator com um roteiro mais trabalhado em tese (vejam o que ele fez ao personagem de Bane em “Batman O Cavaleiro das Trevas Ressurge); o personagem de Venom é muito mais do que um delírio visual consequente dos avanços tecnológicos do cinema e a presença de Rice Ahmed soa apagada e sem tempero em momentos cruciais da trama, um deslize que é uma perturbadora moléstia ao vilão.

Sobretudo, “Venom” é bem recheado com cenas de ação de uma funcionalidade bastante válida ao conjunto e uma dose de humor sempre necessária em filmes do gênero. Tudo que o espectador espera conferir em um filme da Marvel. Em resumo: “Venom” é uma boa oportunidade de entretenimento descompromissado que provavelmente terá um futuro próspero nas telonas como seu antagonista aracnídeo.

Nota:  7/10


sábado, 22 de dezembro de 2018

Film Trailer Mashup [2018]

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Retrospectiva 2018

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Cartaz Alternativo: Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive, 2001) de David Lynch

Cartaz de Arte